Fundação Serra do Japi | https://serradojapi.jundiai.sp.gov.br

História

Seu nome tem várias justificativas, como a semelhança com o canto de um pássaro (iapi, iapi), e o significado da palavra tupi-guarani iapy (nascente de rios). A riqueza hídrica da Serra, mereceu a denominação de “castelo de águas” por parte de naturalistas europeus, segundo o Professor Aziz Nacib Ab’Saber. Este foi um dos aspectos considerados no processo de tombamento da Serra do Japi pelo CONDEPHAAT, além da existência de um mosaico de ecossistemas representativos em termos de flora e fauna, capaz de funcionar como espaço serrano regulador para a manutenção da qualidade de vida.

A Serra do Japi ganhou sua importância por tornar a paisagem do entorno mais harmônica e bela, por ser uma das raras florestas do mundo sobre um solo quartzítico como revelou sua formação geológica, por possuir uma rica e pouca conhecida biodiversidade, por conter cursos d’água cristalinos, entre outros motivos, ao longo do tempo tornou-se  indiscutível preservá-la. A identidade de Jundiaí está intimamente associada a existência da Serra do Japi, o que fez a população jundiaiense considera-la como o maior símbolo da cidade.

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No início do século XVII, a Serra do Japi era exclusivamente habitada por povos indígenas. Alguns vivam em cias familiares, caracterizando-se pelo nomadismo, outros sedentários, eram de origem Tupi-Guarani. Eles se dedicavam, principalmente, à produção de milho e mandioca, através da agricultura da coivara, ou seja queimavam um trecho da mata e ai realizavam a produção. Quando a terra se esgotava, devido à utilização das queimadas, mudavam para outro local e agiam do mesmo modo. Eram povos guerreiros, bons caçadores e pescadores. Organizavam-se em aldeias compostas por cabanas circulares feitos de troncos e cobertas de palha (oca). Em cada cabana moravam várias famílias aparentadas entre si e o círculo formado por elas era um espaço comum de todos. Parte desta cultura indígena foi, depois incorporada pelos brancos colonizadores, tais como a técnica construtiva e a utilização das queimadas na lavoura. A produção de milho e mandioca era exclusiva de consumo e aos interesses mercantilistas da Coroa Portuguesa.

Ao longo dos séculos XVII a Serra do Japi destacou-se na atividade agrícola da cana de açúcar, entretanto, poucos eram os engenhos da região ligados à produção de açúcar; a maior parte deles era usada na fabricação de aguardente para consumo local e abastecimento de tropeiros. A lavoura canavieira ostentava seu apogeu e muitos engenhos eram movidos pelas águas do Ribeirão da Cachoeira, vindas do alto da Serra do Japi.

Meados do século XVIII, o número de escravos indígenas e de escravos de origem africana era praticamente o mesmo.

A partir da segunda metade do século XVIII, destacou-se a descoberta das jazidas minerais. Entretanto, foi uma meteórica fase mineradora, por ocasião do ciclo do ouro em Minas Gerais. Com esgotamento das jazidas minerais, retomando-se a cultivo da lavoura canavieira.

A fase canavieira foi substituída pelo cultivo do café a partir de meados do século XIX.

Os bairros da Serra do Japi como: Sítio do Morro, Santa Clara, Japi e Rio das Pedras conheceram a produção cafeeira em grandes propriedades: fazendas Japi, Bonifácio, Ermida, Rio das Pedras, Cachoeira ou Guaxinduva e outras como pequenos sítios, a exemplo o Sitio do Tanque.

No final do século XIX, com a vinda dos imigrantes italianos, nos vales e encostas baixas da Serra do Japi, cultivaram a uva. Em Viagem Mineralógica na Província de São Paulo com José Bonifácio de Andrada e Silva e Martim Afonso Ribeiro de Andrada, em 1821.