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SERRA: 42 anos de tombamento e muitas ações para preservá-la

Publicada em 07/03/2025 às 11:42

Neste sábado(8), a partir das 8h, a Fundação Serra do Japi, em parceria com a SAB Santa Clara, promove a oficina “Café com Drone – Perspectivas comunitárias na prevenção e monitoramento de incêndios florestais”. O evento, que celebra os 42 anos do Tombamento da Serra do Japi, acontecerá na Avenida Atílio Gobbo, 4600, bairro Santa Clara.

A programação inclui uma demonstração e voo de instrução de drones, além de uma roda de conversa sobre a importância do Tombamento da Serra do Japi e o histórico do grupo de monitoramento de incêndios. Após o bate-papo, os participantes terão um momento livre para instrução de voos com drones.

A Serra do Japi foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) em 8 de março de 1983, após ampla mobilização popular iniciada em 1979. Além do Tombamento, a Serra conta com outros instrumentos legais que garantem sua proteção e é reconhecida internacionalmente como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Os interessados em participar devem se inscrever clicando aqui.

Projetos – A Serra do Japi tem 354 quilômetros quadrados de área, abrangendo Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva. Desde o início do ano, o novo superintendente da Fundação Serra do Japi(foto), Flávio Gramolelli Júnior vem implantando novos projetos. Ele já anunciou a retomada do projeto de regulamentação das Estradas Parque como parte das ações de preservação e conservação da Serra do Japi. Nos próximos meses, será dado andamento à implementação dos estudos do projeto no Território de Gestão da Serra do Japi, com o objetivo de integrar conservação ambiental e ecoturismo como alternativa sustentável para os bairros rurais.

O projeto abrangerá todas as principais vias do Território de Gestão da Serra do Japi, com destaque para seis rotas: Santa Clara, Terra Nova, Paiol Velho, Laranja Azeda, José Luiz Sereno e Malota. Ele seguirá o conceito de Estrada Parque, que estabelece restrições de uso para proteger a fauna e a flora da região. As medidas incluem ações para viabilizar um turismo ecológico que respeite o equilíbrio ambiental. “Estaremos avaliando os impactos e os benefícios das restrições que poderão ser aplicadas, com o objetivo de garantir a preservação dos ecossistemas da região”, afirmou Gramolelli.

Segundo o diretor técnico da Fundação, Wagner de Paiva, o conceito de Estrada Parque adotado será o de “museu a céu aberto”, com foco na identificação de propriedades particulares aptas ao ecoturismo, análise da capacidade de fluxo das vias e das propriedades, e implementação de sinalização e educação ambiental. “A proposta busca, ainda, reduzir a vulnerabilidade da vida silvestre, permitindo o acesso consciente às áreas da Serra do Japi”, explicou Paiva.

Educação Ambiental – A Unidade de Gestão de Educação (UGE) de Jundiaí, em parceria com a Fundação Serra do Japi, iniciaram conversa para o desenvolvimento de um projeto de Educação Ambiental e Sustentabilidade nas escolas da rede municipal. O principal objetivo é ampliar este tema, pois é fundamental para o futuro da nossa sociedade. “A sustentabilidade vinculada à humanização, além de despertar na sociedade uma consciência coletiva em relação à preservação do meio ambiente incentiva o entendimento das crianças sobre a importância da conservação da Serra do Japi”, destaca Priscila Alves, gestora da Unidade de Educação.

O projeto tem como objetivos específicos a promoção da educação ambiental em toda a rede municipal de ensino, estimulando ações de conscientização sobre a importância da preservação ambiental e a aproximação das crianças com a natureza local, resgatando as relações entre Natureza e o Homem. “Buscamos, por meio dessa iniciativa, envolver as crianças em ações efetivas para a preservação do meio ambiente”, afirmou a equipe da UGE.

O superintendente da Fundação Serra do Japi destacou a importância de aproximar a comunidade, especialmente as crianças, da realidade ambiental da região. “A Serra do Japi é rica em recursos naturais, como a floresta, a fauna e os recursos hídricos. Estamos intensificando as ações de conscientização para que todos compreendam a relevância desses atributos para a nossa cidade e o nosso futuro”, afirmou.

Pesquisa – Recentemente, a Fundação Serra do Japi recebeu duas pesquisadoras da Suécia, trazidas pelo professor titular do Departamento de Biologia Animal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), André Victor Lucci Freitas. Antes, pesquisadores da Costa Rica também estiveram na cidade para estudos sobre aves

A professora assistente Mariana Pires Braga e a pesquisadora Sille Holm, ambas da Swedish University of Agricultural Sciences da Suécia, desenvolvem uma pesquisa sobre os impactos de processos ecológicos e evolutivos nas interações entre borboletas e suas plantas hospedeiras. Parte desse estudo integra o projeto de doutorado do aluno do Laboratório de Ecologia e Sistemática de Borboletas da Unicamp (Labbor), Gabriel Banov Évora, que também participou da visita.Por

 JA

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7 de março de 2025


Link original: https://serradojapi.jundiai.sp.gov.br/2025/03/serra-42-anos-de-tombamento-e-muitas-acoes-para-preserva-la/